domingo, 18 de novembro de 2012

O MOVIMENTO ESPÍRITA, O TRABALHADOR ESPÍRITA E OS INIMIGOS DO ESPIRITISMO, POR ALLAN KARDEC (e eu)


        "A finalidade do espiritismo é tornar melhores os que o compreendem."
(Kardec, Revista Espírita de julho de 1859)
 
       "Em todo espírita de coração vê-se um irmão com o qual nos sentimos felizes de encontrar, porque sabemos que aquele que pratica a caridade não pode fazer nem querer o mal."

(Revista Espírita, Abril de 1866, Ed. FEB, p. 157-163.)


        Conhecendo o fato de numerosas instituições espíritas estarem enfrentando sérias desarmonias internas, acreditamos que o assunto deva merecer especial atenção nos círculos espíritas, como medida profiláxica contra esse mal altamente corrosivo e destruidor.

        Embora existam publicações atuais, mediúnicas ou não, que tratem do assunto, busquei na fonte do espiritismo (Kardec) informações sobre problemas enfrentados - ou provocados - pelos trabalhadores espíritas.

        Retiradas em sua maioria da Revista Espírita, procurei ordenar os textos encadeando as idéias, dado que foram escritas num período superior a dez anos, sem, no entanto, fazê-los perder o sentido no contexto original.

        Surpreende deparar-se com observações tão atuais,  caracterizadas por uma firmeza que não deixa dúvidas a respeito da preocupação do mestre de Lyon em conscientizar os espíritas sobre a importãncia da harmonia e homogeneidade de sentimentos, sintetizados pela palavra CARIDADE, a fim de que os inimigos, encarnados ou desencarnados, não ponham a pique a obra de amor e auto-iluminação que o Consolador programou para o avanço da evolução espiritual da humanidade.
        Com a palavra, Kardec. Os grifos e alguns comentários posteriores aos artigos são meus.
  
        Kardec chegou ao ponto de decidir abandonar a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sendo dissuadido de seu intento pela Espiritualidade Superior, conforme seu relato no discurso feito por ocasião do quinto ano de existência da sociedade:

     "Haveis de lembrar, senhores que a sociedade teve suas vissicitudes; tinha em seu meio elementos de dissolução, proveniente da época que se recrutava gente muito facilmente, e sua existência chegou mesmo, em certa ocasião, a ser comprometida. Naquele momento, pus em dúvida sua utilidade real, não como simples reunião, mas como sociedade constituída.


    Fatigado pelas adversidades, estava resolvido a retirar-me; esperava que, uma vez livre dos entraves semeados em meu caminho, trabalharia melhor na grande obra empreendida. Fui dissuadido por numerosas comunicações espontâneas, que me foram dadas de diferentes lugares. Entre outras, uma há, cuja substância agora me parece parece útil vos dar a conhecer, porque os acontecimentos justificaram as previsões. Ela estava assim concebida:
    "A Sociedade formada por nós com teu concurso é necessária; queremos que subsista e subsitirá, não obstante a vontade de alguns, como tu o reconhecerás mais tarde. Quando existe um mal, não se cura sem crise. Assim é do pequeno ao grande: no indivíduo como nas sociedades; nas sociedades como nos povos; nos povos como será na humanidade. Quando deixar de o ser sob a forma atual, transformar-se-á, como todas as coisas. Quanto a ti, não podes nem deves te retirar. Contudo, não pretendemos subjugar teu livre-arbítrio; apenas dizemos que a tua retirada seria um erro que um dia lamentarias, porque entravaria nossos desígnios..."

   Desde então, dois anos se passaram e, como vedes, a Sociedade superou aquela crise passageira, cujas peripécias me foram todas assinaladas, e das quais um dos resultados foi dar-nos uma lição de experiência, que aproveitamos, além de provocar medidas que não temos senão que aplaudir."
(Revista Espírita, Junho de 1862, Ed. FEB, p. 227-239.)
        Os grifos assinalam dois pontos capitais na sociedade em crise: que no esforço para recobrar a harmonia a crise aumenta ainda mais, pois os elementos de dissolução, por não compreenderem a moral espírita, se afeerarão mais ainda em seus intentos; e o segundo é que o processo de aprendizado exige medidas profiláxicas para que o mal não retorne. Não é uma caça às bruxas, isso seria terminantemente contra a doutrina espírita que prega tolerância, mas sim uma adequação de conduta para que se tenha um ambiente harmônico, onde predomine o amor, propício à aproximação dos Bons Espíritos responsáveis pelos trabalhos. Kardec nomeou a tolerância como um dos pilares para a existência da sociedade espírita, pois todos somos imperfeitos, egoístas, orgulhosos; porém, nunca pregou a conivência com aqueles irmãos que, alertados à exaustão sobre seus desvios de conduta, prosseguem com ouvidos fechados, pondo em risco a real razão do centro existir: o atendimento àqueles que batem a porta esperando consolo, esclarecimento e aprendizado.



        "Todas as reuniões religiosas, seja qualquer culto a que pertençam, são fundadas sobre a comunhão de pensamentos; é aí, com efeito, que ela deve e pode exercer toda a sua força, porque o objetivo deve ser o desligamento do pensamento das amarras da matéria. Infelizmente, a maioria se afastou deste princípio, à medida que fizeram da religião uma questão de forma. Disto resultou que, cada um fazendo consistir seu dever no cumprimento da forma, se acredita quite com Deus e com os homens, quando praticou uma fórmula. Disto resulta ainda que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por sua própria conta, e, o mais freqüentemente, sem nenhum sentimento de confraternização em relação aos outros assistentes: ele está isolado no meio da multidão, e não pensa no céu senão para si mesmo."
(Revista Espírita, Dezembro de 1868, Ed. FEB, p. 236.)
 
            Aí está a gênese da maioria dos problemas dos centros espíritas. Os trabalhadores são espíritas convictos, aceitam e acreditam nos postulados espíritas, mas principalmente a nível intelectual. "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más." (ESE, Cap. XVII, ítem 4). A nível de sentimentos, atitudes, a parte moral, como exige esforço, vontade e desprendimento, poucos trabalhadores a transformam. Kardec os chama de Espíritas Zelosos, pois defendem com unhas e dentes o exterior - a sociedade, suas regras, suas atividades, porque é mais fácil mudar e controlar o exterior que o interior. Como é natural, surgem divergências na condução das tarefas. E, na proporção dada pela equação qualidades e consciência espírita / vícios morais e preocupação com sua satisfação, podem ocorrer discórdias de todos os matizes, pondo em risco toda a qualidade e eficiência das atividades desenvolvidas na sociedade espírita.

     
        Em relação aos trabalhadores-problema, vejamos a visão de Kardec sobre estes.
       "Se nada pode deter a marcha geral do espiritismo, há circunstâncias que podem provocar entraves parciais, como uma pequena barragem pode retardar o curso de um rio, sem o impedir de correr. Deste número são as atitudes irrefletidas de certos adeptos, mais zelosos que prudentes, que não calculam bem o alcance dos seus atos ou de suas palavras, produzindo, por isso mesmo, uma impressão desfavorável sobre as pessoas ainda não iniciadas na Doutrina, mais próprias a afastá-las que as diabrites dos adversários."

        "Sem dúvida, o Espiritismo está muito espalhado; contudo, estaria ainda mais se todos os adeptos tivessem seguido os conselhos da prudência e guardado uma prudente reserva. Sem dúvida, é preciso levar-lhes a intenção, mas é certo que mais de um tem justificado o provérbio: Mais vale um inimigo confesso que um amigo incoveniente."

        "Nunca seria demais recomendar aos espíritas que refletissem maduramente antes de agir. Em tais casos manda a prudência não confiar em sua opinião pessoal. Hoje, que de todos os lados se formam grupos ou sociedades, nada mais simples que se por de acordo antes de agir. Crer em sua própria infabilidade, recusar o conselho da maioria e persistir num caminho que se demonstra mau e comprometedor, não é a atitude de um verdadeiro espírita. Seria dar prova de orgulho, senão de obsessão. (...) é tão difícil a um falso espírita, como a um mau Espírito, simular um Espírito Superior."

        "Outros são mais afetados que hipócritas; com olhar oblíquo e palavras melífuas sopram a discórdia enquanto pregam a união. Sucitam com habilidade a discussão de questões irritantes ou ferinas, capazes de provocar dissidências. Excitam uma inveja de predominância entre os vários grupos e ficariam contentíssimos se os vissem a se apedrejarem e, em favor de algumas divergências de opinião sobre certas questões de forma ou de fundo, geralmente provocadas, erguem bandeira contra bandeira." ( ! )

        "Pretender que todos os espíritas sejam infalíveis seria tão absurdo quanto a pretensão de nossos adversários de deterem o privilégio exclusivo da razão. Mas se alguns se enganam, é que se equivocam quanto ao sentido e ao fim da doutrina. Nesse caso, sua opinião não pode fazer lei, é ilógico e desleal, conforme a intenção, tomar a idéia individual pela geral, e explorar uma exceção. Seria o mesmo que tomar as aberrações de alguns sábios como regras da Ciência. A esses diremos: se quiserdes saber de que lado está a presunção de verdade, estudai os princípios admitidos pela imensa maioria, se não, ainda, pela unanimidade absoluta dos espíritas do mundo inteiro."

        Podem, pois, os crentes de boa-fé enganar-se e não os incriminamos por não pensarem como nós. Se, entre as torpezas relatadas acima, algumas não passassem de opinião pessoal, nelas não veríamos senão desvios isolados, lamentáveis; seria, porém, injusto responsabilizar a Doutrina, que as repudia abertamente. Mas, se dizemos que pode ser o resultado de manobras interesseiras, é que nosso quadro é feito sobre modelos. Ora, como é a única coisa que o Espiritismo tem a temer no momento, convidamos a todos os adeptos sinceros a se porem de guarda, evitando as armadilhas que lhes poderiam estender."
(Revista Espírita, Março de 1863, Ed. FEB, p. 109-118.)



            Observe agora que até as comunicações foram motivo de discórdia entre os médiuns: 


        "Sabemos que todos os Espíritos estão longe de ter a soberana ciência e que podem se enganar; que, freqüentemente, emitem suas próprias idéias, que podem ser justas ou falsas; que os Espíritos superiores querem que nosso julgamento se exerça em discernir o verdadeiro do falso, o que é racional do que é ilógico; é por isso que não aceitamos, jamais, nada de olhos fechados. Não se saberia, pois, nela ter ensinamento proveitoso sem discussão; mas como discutir comunicações com médiuns que não suportam a menor controvérsia, que se ferem com uma nota crítica, com uma simples observação, e que acham mal que não sejam aplaudidos em tudo o que obtêm, fosse mesmo maculado com as mais grosseiras heresias científicas? Essa pretensão estaria deslocada se o que escrevem fosse o produto de sua inteligência; é ridícula desde que não são senão instrumentos passivos, porque se assemelham a um ator que se melindraria se fossem achados maus os versos que está encarregado de recitar.
        Essa má direção, nos médiuns que por ela são atingidos, é um obstáculo para o estudo. Se não procurarmos senão os efeitos, isso seria sem importância para nós; mas como procuramos a instrução, não podemos nos dispensar de discutir, com risco de desagradar aos médiuns;(...) alguns há mesmo que estendem a suscetibilidade ao ponto de se melindrar com a prioridade dada à leitura das comunicações obtidas por outros médiuns; o que é, pois, quando uma outra comunicação é preferida à sua?"
 (Revista Espírita, Junho de 1862, Ed FEB, p. 227-239)
       
        "Nosso dever é de premunir os Espíritas sinceros contra as armadilhas que lhes são estendidas."

      "Os impacientes que não sabem esperar o momento propício comprometem as colheitas como comprometem a sorte das batalhas. Entre os impacientes, sem dúvida, há os de muito boa-fé; eles gostariam de ver a coisa ir ainda mais depressa, mas se parecem a essas pessoas que crêem fazer avançar o tempo avançando o pêndulo. Outros, não menos sinceros, são levados pelo amor-próprio para serem os primeiros a chegar; semeiam antes da estação e não recolhem senão frutos abortados. Ao lado destes, infelizmente, há outros que levam o carro a toda a pressa, na esperança de fazê-lo tombar."
(Revista Espírita, Junho de 1865, Ed. FEB, p. 254-260.)


         "Os períodos de transição são sempre penosos de passar; o Espiritismo está nesse período; ele o atravessará com tanto menos dificuldade quanto seus adeptos usarem de mais prudência."

        "Entre os Espíritas reais, aqueles que constituem o verdadeiro corpo dos adeptos, há certas distinções a fazer. Em primeira linha é preciso colocar os adeptos de coração, animados de uma fé sincera, que compreendem o objetivo e a importância da Doutrina, e aceitam-lhe todas as conseqüências por si mesmos; seu devotamento é a toda prova e sem dissimulação; os interesses da causa, que são os da Humanidade, lhes são sagrados, e jamais os sacrificarão por uma questão de amor-próprio ou de interesse pessoal; para eles o lado moral não é uma simples teoria: esforçam-se em pregar pelo exemplo; não têm somente a coragem de sua opinião: disto se fazem glória, e sabem, se necessário, pagar com a sua pessoa.

         Vêm em seguida aqueles que aceitam a idéia, como filosofia, porque ela satisfaz sua razão, mas cuja fibra moral não é suficientemente tocada para compreender as obrigações que a Doutrina impõe àqueles que a assimilam. O homem velho está sempre aí, e a reforma de si mesmo lhe parece uma tarefa muito pesada; mas como eles não estão menos firmemente convencidos, e se encontram entre eles propagadores e defensores zelosos. (comentário meu: boa maioria de nós.)"
(Revista Espírita, Julho de 1866, Ed. FEB, p. 261-276.)
 
         Depois, há pessoas levianas para quem o Espiritismo está inteiramente nas manifestações; para elas é um fato, e nada mais; o lado filosófico passa desapercebido; o atrativo da curiosidade é seu principal motivo, extasiam-se diante de um fenômeno, e permanecem frias diante de uma consequência moral.
         (Os levianos fazem do centro o seu clube: fofocam, disputam, falam para quem cruzar a sua frente o que ocorreu na sessão mediúnica, são geralmente problemáticos, com baixa auto-estima e vêem na instituição um local de auto-realização, esquecendo que esta realização deveria vir da sua relação familiar e profissional e não em um local destinado á doação, à renúncia, ao trabalho com Jesus. Perturbam a harmonia, e os dirigentes, identificando-os, devem chamá-los à retidão, sob pena de não poderem exercer certas tarefas)

         "Outros são mais adocicados e mais insinuantes; sob seu olhar oblíquo e com palavras melosas, sopram a discórdia, pregando a desunião; lançam jeitosamente sobre o tapete questões irritantes ou ferinas, assunto de natureza a provocar dissidências; excitam um ciúme de preponderância entre os diferentes grupos, e ficam encantados em vê-los se lançarem pedra, e, em favor de algumas divergências de opinião sobre certas questões de forma e de fundo, o mais freqüentemente provocadas, levantar bandeira contra bandeira."
        (Esse tipo de psicopatia encontramos em todos os setores da nossa sociedade. Porém, pelo dano que causa, necessita ser afastado das atividades caso não mudem a conduta)

        
         "É preciso não perder de vista que estamos, como dissemos, em momento de transição, e que nenhuma transição se opera sem conflito. Que não se admire, pois, em ver se agitarem as paixões em jogo, as ambições comprometidas, as pretensões frustradas, e cada um tentar recobrar o que vê lhe escapar, aferrando-se ao passado; mas pouco a pouco tudo isso se apaga, a febre se acalma, os homens passam, e as idéias novas ficam. Espíritas, elevai-vos pelo pensamento, levai vosso olhares vinte anos à frente, e o presente não vos inquietará."

         "Sem contradita, as intrigas dos falsos irmãos poderão trazer, momentaneamente, algumas perturbações parciais. Por isso, é preciso fazer todos os seus esforços para frustrá-las tanto quanto possível"
         

            "Conhecemos o provérbio: Dize-me com quem andas e te direi quem és. Podemos parodiá-lo em relação aos nossos Espíritos simpáticos, dizendo assim: Dize-me o que pensas e te direi com quem andas.

            (...) uma de suas táticas (dos espíritos) é a desunião, porque sabem muito bem que podem facilmente dominar quem se encontra privado de apoio.
         Assim, quando querem apoderar-se de alguém, o primeiro cuidado é sempre inspirar-lhe a desconfiança e o isolamento, a fim de que ninguém os possa desmascarar, esclarecendo as pessoas prejudicadas com conselhos salutares. Uma vez senhores do terreno(...), aproveitando o lado fraco que descobrem para, em seguida, melhor fazê-las sentir a amargura das deçpções, feri-las em seus afetos, humilhá-las em seu orgulho e, muitas vezes soerguê-las por um instante tão-só para precipitá-las de mais alto."

(Revista Espírita, Julho de 1859, Ed. FEB, p. 255-274.)

          OS INIMIGOS DO ESPIRITISMO

          Tornou-se hábito imputar tudo de ruim que acontece na instituição espírita aos espíritos inimigos do espiritismo. Mas, pense bem, isto é mera transferência de responsabilidade. Porque somos nós, os trabalhadores, que, por nossa sintonia com eles, e pelo nosso orgulho e egoísmo, trazemos a desarmonia para dentro do centro. UM CENTRO ESPÍRITA NÃO PODE SER EXPLODIDO: ELE PRECISA SER IMPLODIDO, ou seja, alguém tem que entrar com a bomba. Num centro harmônico, composto por pessoas comprometidas com o bem, onde há o respeito, a solidariedade, a tolerância, pergunto: que podem fazer os nossos irmão da erraticidade? Nada, além das contínuas tentativas de perturbar os trabalhadores, que com o tempo acabam por desistir, vendo que seu esforço não logra.

        O mais recente plano dos inimigos da luz, pelo que se observa,  é de centrar seus ataques nos componentes da direção. Porque onde se acaba um grupo de trabalho, surge outro no lugar. Mas se a casa desaba de cima pra baixo, vem rápido. Dividi et impera, dididir para imperar, essa técnica era utilizada pelos romanos para manter seus povos conquistados. Divida uma direção e surgirá facções, que gerarão discórdias, que poderão partir para ofensas e maledicências, e a cizânia está instalada. E cizânia e assistência da espiritualidade elevada não combinam. Depois de esgotados os conselhos para a restauração do amor e da tolerância entre os trabalhadores, se afastam - não ficarão financiando uma situação que raia ao absurdo num centro espírita. Aí vem o aprendizado pela dor, em parte imposta pelas falanges que pouco a pouco se infiltraram. Isto pode inviabilizar os trabalhos espirituais realizados na casa.

 
            Do mesmo modo que Kardec expõe as feridas, oferece o remédio. Pergunto: o que nós, os trabalhadores da última hora, precisamos ler que não esteja contido abaixo?
 
        "Mas, do mesmo modo que há raios sonoros harmônicos ou discordantes, há também pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmônico, a impressão é agradável; se é discordante, a impressão é penosa. Ora, por isto, não há necessidade de que o pensamento seja formulado em palavras; a irradiação fluídica não existe menos, quer ela seja expressada ou não; se todos são benevolentes, todos os assistentes nele experimentam um verdadeiro bem-estar, e se sentem comodamente; mas se é misturada com alguns pensamentos maus, eles produzem um efeito de uma corrente de ar gelado no meio tépido.

        Tal é a causa do sentimento de satisfação que se sente numa reunião simpática; ali reina como uma atmosfera moral saudável, onde se respira comodamente; dali se sai reconfortado, porque se está impregnado de eflúvios salutares. Assim se explicam também a ansiedade, o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, onde os pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas doentias.

        A comunhão de pensamentos produz, pois, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral; é o que só o Espiritismo poderia fazer compreender. O homem o sente instintivamente, uma vez que procura as reuniões onde ele sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, ele haure novas forças morais; poder-se-ia dizer que ali recupera as perdas fluídicas que ele faz cada dia pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material.

        A esses efeitos da comunhão de pensamentos junta-se um outro que lhe é conseqüência natural, e que importa não perder de vista: é a força que adquire o pensamento ou a vontade, pelo conjunto dos pensamentos ou vontades reunidas. Sendo a vontade uma força ativa, esta força é multiplicada pelo número das vontades idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número dos braços."

 
        "Qual é, pois, o laço que deve existir entre os Espíritas? Eles não são unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória; qual é o sentimento no qual devem se confundir todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para todos, de outro modo dito: o amor do próximo que compreende os vivos e os mortos, uma vez que sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.

        A caridade é a alma do Espiritismo: ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes; é porque pode se dizer que não há verdadeiro Espírita sem caridade.

        Mas a caridade é ainda uma dessas palavras de sentido múltiplo, da qual é necessário bem compreender toda a importância; e se os Espíritos não cessam de pregá-la e de defini-la, é que, provavelmente, reconhecem que isto é ainda necessário.

        O campo da caridade é muito vasto; ele compreende duas grandes divisões que, por falta de termos especiais, podem designar-se pelas palavras: Caridade beneficente e caridade benevolente. Compreende-se facilmente a primeira, que é naturalmente proporcional aos recursos materiais dos quais se dispõe; mas a segunda está ao alcance de todo o mundo, do mais pobre como do mais rico. Se a beneficência é forçosamente limitada, nenhuma outra senão a vontade pode pôr limites à benevolência.

        O que é preciso, pois, para praticar a caridade benevolente? Amar seu próximo como a si mesmo: ora, amando-se ao seu próximo quanto a si mesmo, se o amará muito; se agirá para com outrem como se gosta que os outros ajam para conosco, não se desejará nem se fará mal a ninguém, porque não gostaríamos que no-lo fizessem.

        Amar seu próximo é, pois, abjurar todo sentimento de ódio, de animosidade, de rancor, de inveja, de ciúme, de vingança, em uma palavra, todo desejo e todo pensamento de prejudicar; é perdoar os seus inimigos e restituir o bem onde haja o mal; é ser indulgente para com as imperfeições de seus semelhantes e não procurar a palha no olho de seu vizinho, então que não se vê a trave que está no seu; é ocultar ou desculpar as faltas de outrem, em lugar de se comprazer em pô-las em relevo pelo espírito de denegrir; é ainda não se fazer valer às custas dos outros; de não procurar esmagar ninguém sob o peso de sua superioridade; de não desprezar ninguém por orgulho. Eis a verdadeira caridade benevolente, a caridade prática, sem a qual a caridade é uma palavra vã; é caridade do verdadeiro Espírita como do verdadeiro cristão; aquela sem a qual aquele que diz: Fora da caridade não há salvação, pronuncia a sua própria condenação, neste mundo tão bem quanto no outro.

        Quantas coisas haveria a se dizer sobre este assunto! Quantas belas instruções nos dão, sem cessar, os Espíritos! Sem o medo de ser muito longo e de abusar de vossa paciência, senhores, seria fácil demonstrar que, em se colocando do ponto de vista do interesse pessoal, egoísta, querendo-se, porque todos os homens não estão ainda maduros para uma abnegação completa, para fazer o bem unicamente pelo amor ao bem, seria, digo eu, fácil de demonstrar que têm tudo a ganhar agindo da maneira e tudo a perder agindo de outro modo, mesmo em suas relações sociais; depois, o bem atrai o bem e a proteção dos bons Espíritos; o mal atrai o mal e abre a porta à maldade dos maus. Cedo ou tarde o orgulhoso é castigado pela humilhação, o ambicioso pelas decepções, o egoísta pela ruína de suas esperanças, o hipócrita pela vergonha de ser desmascarado; aquele que abandona os bons Espíritos por eles é abandonado, e, de queda em queda, se vê, enfim, no fundo do abismo, ao passo que os bons Espíritos levantam e sustentam aquele que, em suas maiores provas, não deixa de confiar na Providência e não desvia jamais do caminho reto; aquele, enfim, cujo secretos sentimentos não escondem nenhum pensamento dissimulado de vaidade ou de interesse pessoal. Portanto, de um lado, ganho assegurado; do outro, perda certa; cada um, em virtude de seu livre arbítrio, pode escolher a chance que quer correr, mas não poderá tomar senão de si mesmo as conseqüências de sua escolha.

        Crerem um Deus todo-poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificativa do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente na perfeição; na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados, considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, tendo em vista o futuro mais invejável do que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e em ações na mais ampla acepção da palavra; se esforçar cada dia para ser melhor do que na véspera, extirpando alguma imperfeição de sua alma; submeter todas as suas crenças ao controle do livre exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas diferentes descobertas da ciência a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode se conciliar com todos os cultos, quer dizer, com todas as maneiras de adorar a Deus. É o laço que deve unir todos os Espíritas em uma santa comunhão de pensamentos, à espera que una todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.

 

        Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz, se poupando os males inumeráveis que nascem da discórdia, filha, a seu turno, do orgulho, do egoísmo, da ambição, do ciúme e de todas as imperfeições da Humanidade.

        O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para sua felicidade neste mundo, porque lhes ensina a se contentarem com aquilo que têm; que os Espíritas sejam, pois, os primeiros a aproveitarem os benefícios que ele traz, e que inaugura entre eles o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras."
(Revista Espírita, Dezembro de 1868, Ed. FEB, p. 487-495)

        "Em todo espírita de coração vê-se um irmão com o qual nos sentimos felizes de encontrar, porque sabemos que aquele que pratica a caridade não pode fazer nem querer o mal."

(Revista Espírita, Abril de 1866, Ed. FEB, p. 157-163.)


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

PORQUE "RECONCILIAR-SE COM OS ADVERSÁRIOS"


                “Se estás, portanto, para fazer tua oferta diante do altar e te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa ali tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com ele; só então vem fazer tua oferta.
                Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás posto a caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz não te entregue ao ministro e sejas mandado para a prisão. Em verdade te digo que não sairás de lá antes de teres pago o ultimo centavo.” Jesus (Mt 5, 23-26)

    Se passamos por situações de dor que foram geradas por nós mesmos, porque revoltar-nos com aqueles que servem de instrumento para nossa regeneração?
              
                                                                         -- * --   

     A compreensão e a assimilação deste ensinamento, que o nosso Governador Espiritual nos passou, é de fundamental importância para nossos relacionamentos, nosso padrão de vida, nossa paz interior, nossa evolução. Porque, se "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo" reúne "toda Lei e os ensinamentos dos profetas", concluímos que, enquanto odiarmos e retardarmos o auto-descobrimento do amor incondicional, não teremos condições de entrar no "reino dos céus" interior, isto é, a maioridade espiritual que buscamos para nos afastarmos do sofrimento e alcançarmos estados d'alma de  paz e júbilo ainda para nós desconhecidos.

     Vivemos em um planeta de provas e expiações, na infância espiritual em que nos encontramos. Como o aprendizado se dá pelas tentativas de acerto e erro, o erro faz parte da caminhada evolutiva a qual devemos percorrer para que, por mérito próprio, conquistemos pelo nosso esforço todas as qualidades morais e a sabedoria. E a reparação do erro, naturalmente, faz parte do aprendizado.
     EVOLUÇÃO > TENTATIVAS DE ACERTO E ERRO > O ERRO
     Erramos sempre que tomamos atitudes que firam a nós mesmos, a outrem e ao meio onde vivemos. Perturbamos a harmonia universal com nossas atitudes egoístas e perversas, e a Lei de Justiça, Amor e Caridade nos convida a repará-la, para nossa rearmozização com o universo.
     O artigo postado no blog Espiritismo: Ciência, Filosofia e religião, intitulado "Breve Ensaio Sobre o Mal", versa sobre o mecanismo que faz com que freqüentemente transferirmos a responsabilidade dos nossos erros a pessoas ou situações que "nos obrigaram" a agir de determinada forma (que, na verdade, livremente escolhemos). Imaturos espiritualmente, portadores de vícios morais tais como o orgulho e o egoísmo - desencadeantes de todos os outros - vamos nos distanciando de nós mesmos, culpando o mundo, caindo na inércia evolutiva da revolta e da vingança.
     Porém, o entendimento da Lei de Causa e Efeito (carma) desestimula a manutenção de qualquer animosidade. Explica que o mal sofrido sem provocação é resultado de uma ação  praticada no passado e que hoje, com condições de aprender, passamos pela mesma situação imputada a outrem, como medida reeducativa e regenerativa para nossa alma, nos des-culpando e devolvendo a paz desperdiçada.

    OS INSTRUMENTOS CÁRMICOS DE REGENERAÇÃO
    Pergunta: se passamos por situações de dor que foram geradas por nós mesmos, porque revoltar-nos com aqueles que servem de instrumento para nossa regeneração?

    Se nascemos com uma perna torta, vamos socá-la até que caia? Se o carro que andamos perdeu uma roda e nos acidentamos, vamos odiá-lo para o resto da vida pela cadeira de rodas que ficamos? Se a tempestade que levou nossa casa água abaixo, junto até com familiares, vamos planejar explodir as nuvens como vingança? Não, lógico, a não ser se formos portadores de transtorno mental.

   Se nossa perna ficou torta através do revólver do ladrão, ao invés de fatores hereditários, podemos desejar que este morra na prisão, de preferência com muito sofrimento. Se ficamos paralíticos devido ao atropelamento, podemos odiar mortalmente o motorista embriagado. Se o sócio roubou tudo o que tínhamos e fugiu com nossa esposa, podemos planejar uma sórdida vingança, talvez até com a morte de ambos. Mas - espere aí - os acontecimentos deste parágrafo não tem consequências similares ao parágrafo anterior? Sim, o que muda é o meio como a vida nos colocou na situação que necessitávamos para expurgar do nosso perispírito a densa energia gerada pelos nossos atos pretéritos. Só que, com as pessoas,  sentimos na carne o dolo, a premeditação, a violência, o descaso, o desprezo presente naqueles que, por sua pré-disposição íntima ao mal e vontade de fazê-lo, Deus permitiu que fossem instrumentos cármicos a nosso favor. E isso dói, revolta. Ainda mais quando os instrumentos cármicos são pessoas próximas. Se entendermos que são instrumentos da Lei Divina, fica mais fácil aceitar, perdoar...  Fácil de entender, difícil, dificílimo de sentir...


    Deste modo, conclui-se que, se temos que odiar alguém sobre o mal que sofremos, precisamos nos postar na frente do espelho... pois fomos nós, e mais ninguém, os próprios causadores dos nossos males e sofrimentos. E adiantaria de algo odiarmos a nós mesmos??


    "O mal que me fazem, muitas vezes é um bem que me fazem.O mal que provoco, é sempre um mal que me faço." (Não lembro onde li ou ouvi esta grande verdade). Quem tiver dúvidas sobre esta afirmação, leia no Evangelho Segundo o Espiritismo "A desgraça real" (cap V, ítem 23).
   Duas observações pertinentes:

    > O ódio estreita laços entre dois espíritos, literalmente, pois fios fluídicos tenuíssimos unem os perispíritos dos que se odeiam, da mesma forma que estes mesmos fios, porém luminosos, unem os que se amam. Se queremos que alguém suma do nosso coração, é necessário que cesse todo rancor e mágoa para que se dissolva essa união cármica, e o meio que dispomos para que isso aconteça chama-se PERDÃO. Os benefícios do perdão sobre a alma de quem perdoa são imensos... felizes aqueles de nós que já conseguem cultivar esta virtude das mais nobres...

     > Manutenção de animosidades = exteriorização de sentimentos inferiores = sintonia com mentes em igual distúrbio = obsessão por afinidade. Ninguém quer isso.


     INIMIZADES E ÓDIOS GERADOS NO PRESENTE:

     Nem Jesus, que é todo amor e bondade, foi unanimidade nas relações. Pelo contrário. Aqueles que com ele não se afinizavam, pelas práticas prejudiciais que não tinham a mínima vontade de erradicar, voltaram-se contra Ele. A contrariedade de seus sublimes ensinamentos com interesses políticos (romanos) e religiosos (fariseus), e a inveja destes últimos (assevera Amélia Rodrigues, através de Divaldo franco, que a gota d'água para os fariseus foi a ressurreição de Lázaro, prodígio nunca antes realizado nem pelos profetas) levaram-no à crucificação, prática comum adotada naquela época. Enfim, por vários motivos, O odiaram. Conta-nos o próprio Emmanuel, em "Há 2000 anos", que quando na carne do senador romano Púbio Lentulus odiou Jesus pelas verdades que escutou quando foi ao seu encontro, mesmo tendo a filha curada. Deste modo, pergunto: o que sobra para nós, seres cheios de defeitos?

    Os choques são inevitáveis, pois coexistimos com a mais variada gama de seres. Mesmo estando inertes, os conflitos vêm ao nosso encontro. Porém, temos a opção de: entrar em conflito ou evitar o conflito; evitar que o conflito aumente ou aumentar o conflito; transformar o conflito em ódio ou tratá-lo como mais uma oportunidade de desenvolver a virtude do perdão, da compreensão e do amor incondicional, eliminando o litígio de nossa parte (que é apenas o que nos compete, não mandamos no outro).



    "A verdade vos libertará", disse o Mestre. Estas verdades, compreendidas, sentidas e postas em prática nos libertam dos laços de ódio, de quaisquer inimigos e impedem que novos surjam. Deste modo, poderemos "entregar nossa oferta ao altar", ou seja, ter a consciência tranquila para comungar com o alto e poder sentir o "reino dos céus" interior. Ao mesmo tempo, evitamos "sermos entregues ao juiz, e este nos leve ao ministro, que nos enviará à prisão", naquele local já tão conhecido e peregrinado por nós em nosso passado espiritual, o umbral, que a morada na casa do Pai onde encontran-se os que se odeiam e guardam ódio em si.
    Se conseguirmos ir desenvolvendo algumas das virtudes abaixo:

  •  Paciência
  •  Compreensão
  •   Tolerância
  •   Indulgência
  •   Perdão
  •   Auto-amor
  •  GRATIDÃO

    Evitaremos novas animosidades e criaremos condições de dissolver as anteriores.


    Que Deus nos ajude a todos na manutenção da vontade em nos melhorarmos!

domingo, 9 de setembro de 2012

SINTONIA E  VIBRAÇÃO

"Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.“

 Mateus 6:19-21
 
    Falamos frequentemente, na sociedade espírita, da necessidade em cultivar bons pensamentos e sentimentos, para gerar e atrair boas vibrações e sintonizar com os bons espíritos que auxiliam os homens na obra evolutiva.

     Jesus nos exortou a orar e vigiar, para que pudéssemos sintonizar com o alto e captar suas vibrações na forma de energia e intuição.

     Mas, o que entendemos por sintonia e vibração?

   Vejamos primeiramente a explicação da Física, para podermos traçar um paralelo com o espírito.
 
  
   VIBRAÇÃO

    É qualquer movimento que se repete, regular ou irregularmente, em um intervalo de tempo.

    O que nos dá melhor idéia do que seja vibração é ver o funcionamento de um pêndulo, com seu vaivém.

 
  
      Exemplo de alta e baixa vibração:

   Como nada existe de imóvel, também a oscilação (freqüência ou vibração) caminha de um lado para o outro. A essa vibração que caminha chamamos ONDA.